terça-feira, abril 27, 2004


SONG OF THE OPEN ROAD

Afoot and light-hearted I take to the open road,
Healthy, free, the world before me,
The long brown path before me leading wherever I choose.


Henceforth I ask not good-fortune, I myself am good-fortune,
Henceforth I whimper no more, postpone no more, need nothing,
Done with indoor complaints, libraries, querulous criticisms,
Strong and content I travel the open road


(Still here I carry my old delicious burdens,
I carry them, men and women, I carry them with me wherever I go,
I swear it is impossible for me to get rid of them,
I am fill'd with them, and I will fill them in return.)


You road I enter upon and look around, I believe you are not all that is here,
I believe that much unseen is also here.


I think heroic deeds were all conceiv'd in the open air, and all free poems also,
I think I could stop here myself and do miracles,
I think whatever I shall meet on the road I shall like, and whoever beholds me shall like me,
I think whoever I see must be happy.


From this hour I ordain myself loos'd of limits and imaginary lines,
Going where I list, my own master total and absolute,
Listening to others, considering well what they say,
Pausing, searching, receiving, contemplating,
Gently, but with undeniable will, divesting myself of the holds that would hold me.
I inhale great draughts of space,
The east and the west are mine, and the north and the south are mine.


I am larger, better than I thought,
I did not know I held so much goodness.


All seems beautiful to me,
I can repeat over to men and women You have done such good to me I would do the same to you,
I will recruit for myself and you as I go,
I will scatter myself among men and women as I go,
I will toss a new gladness and roughness among them,
Whoever denies me it shall not trouble me,
Whoever accepts me he or she shall be blessed and shall bless me.


Now I see the secret of the making of the best persons,
It is to grow in the open air and to eat and sleep with the earth.


Here is realization,
Here is a man tallied -- he realizes here what he has in him,
The past, the future, majesty, love -- if they are vacant of you, you are vacant of them.


Why are there trees I never walk under but large and melodious thoughts descend upon me?
(I think they hang there winter and summer on those trees and always drop fruit as I pass;)
What is it I interchange so suddenly with strangers?
What with some driver as I ride on the seat by his side?
What with some fisherman drawing his seine by the shore as I walk by and pause?
What gives me to be free to a woman's and man's good-will? what gives them to be free to mine?


The efflux of the soul is happiness, here is happiness,
I think it pervades the open air, waiting at all times,
Now it flows unto us, we are rightly charged.


Allons! whoever you are come travel with me!
Traveling with me you find what never tires.


The earth never tires,
The earth is rude, silent, incomprehensible at first, Nature is rude and incomprehensible at first,
Be not discouraged, keep on, there are divine things well envelop'd,
I swear to you there are divine things more beautiful than words can tell.


Allons! we must not stop here,
However sweet these laid-up stores, however convenient this dwelling we cannot remain here,
However shelter'd this port and however calm these waters we must not anchor here,
However welcome the hospitality that surrounds us we are permitted to receive it but a little while.


Listen! I will be honest with you,
I do not offer the old smooth prizes, but offer rough new prizes,
These are the days that must happen to you:
You shall not heap up what is call'd riches,
You shall scatter with lavish hand all that you earn or achieve,
You but arrive at the city to which you were destin'd, you hardly settle yourself to satisfaction before you are call'd by an irresistible call to depart


Allons! the road is before us!
It is safe -- I have tried it -- my own feet have tried it well -- be not detain'd!


Camerado, I give you my hand!
I give you my love more precious than money,
I give you myself before preaching or law;
Will you give me yourself? will you come travel with me?
Shall we stick by each other as long as we live?


WALT WHITMAN

quinta-feira, abril 22, 2004



Goethe diz assim: "Faz da tua dor um canto."
Gertrude Stein, diz : "Uma rosa é uma rosa, uma rosa."
António Ramos Rosa : "Talvez esse seja o papel do poeta: aquele que transforma aquilo que há de impossível na vida em possibilidade. Por ser autodinâmico, o poema tem uma participação consciente no que há de inconsciente."

Wallace Stevens: "(...)um poeta olha para o Mundo de certa maneira como um homem olha para uma Mulher."

Thomas Moore: "a conversa é o acto sexual da alma. (...) Contudo, se não formos sexuais em todos os aspectos da vida, como podemos esperar a realização sexual nas nossas relações?"




Reconhecer o momento de aguardar,
Salvaguardando a originalidade da metamorfose.
Procurando não diminuir a intensidade com que somos intimidados pelo convite
de incorporar uma alquimia, de alcançar uma promessa de há muitas eras atrás.

De fazer uma pausa,
de honrar o momento em que nada acontece.
Reflectir.
Porque as coisas não são o que parecem,
quando te começas a parecer cada vez menos igual ao que eras.

Parar, compreendes?
Compreensão.
Eu sei que poucas pessoas conseguirão entender.
Não vale no entanto deixar que elas consigam sabotar a tua ascensão.
Para mim, não importa.
É verdade que embato contra a falta de compreensão que têm acerca de mim, mas sigo.
Acredito no que caminho.
Amo a Deus, à Deusa, ao meu Espírito e toda a comunidade de Amantes e Cosmonautas.
E a mim.

Tudo fará sentido, no seu momento.
Repito isto.
É uma rima doce dentro de mim.
Provo-a com os sentidos, sinto prazer.
E Fala comigo.

Estou tão só, como acompanhado.
Adquirindo a compreensão mágica capaz de me curar.
Assumo gradualmente a responsabilidade e ternura pela minha Vida até hoje.
Resgato as minhas assas do esquecimento.
A extensão dos meus passos não se compara à extensão da minha viagem.
A esta que fiz até hoje, a esta que farei até amanhã.
O meu Agora.

Estou sentado junto aos Portões.
Aguardando pela abertura, pela admissão.
Pelo novo começo.
Por fim começar a instrucção realmente superior.
Quietamente (pelo menos assim vibro essa intenção) em preparação.

Os Anjos meus irmãos.
Potencializam-me de todas as cores da vida.
Ampliando os meus dons e as minhas oportunidades.
Seguindo a minha intenção de regressar à Graça.

A minha Família, vinda de todos os cantos do Universo e para além dele.
Deposita as suas obras de arte no meu interior.
Deposita os seus sabores no alcance do meu paladar.
Deposita os sentimentos provenientes da música que oiço.
Aquando o meu coração se decora de tranquilidade e limpidez.

(Um sentimento simples lidando com a complexidade reconhecida, tem a sua elegância.)

O nosso Corpo, não separa o Céu da Terra.
Ele é uma poesia erótica, uma epopeia de revelações.
Ligado ao Espírito.
O céu no meu Corpo, em Nós.
Em Nós, meu Corpo.

Toma lá disto ignorância.
Mas digere-o calmamente.
Tens tempo...
Eu entendo que as coisas têm o seu ritmo para ti.
E que também tens as tuas Graças.
Como todas as manifestações da confusão humana.


Saturno dar-te-á um empurrão.
Paro neste sofá, arde a minha mágoa.
Adormeço para o sonho, belisco-me no dedo mas não sei onde estou.
Névoa..
Abro os olhos, mas não abrando o coração.
Não mexo a cabeça, alguns segundos.
A paixão encaixa-me no tempo. Não tenho de fazer nada, espero.
O autocarro aproxima-se.
Não há condutor, um preto velho no último banco a sorrir. Mas as janelas são espelhos.
Vejo gente nos espelhos, mas estou só com o preto de dentes brancos.
O autocarro move-se na vertical, afinal é um elevador para o céu.
Devo estar a sonhar, não apareco no espelho.
Uma nuvem puxa o autocarro, vejo.
Há uma cidade dentro de um lago, vejo aqui de cima mas consigo tocá-la com os dedos que deixei para trás.
O preto acabou de sair, deu-me um sorriso, diz que hei-de precisar, ele tem muitos.
Não tenho rosto, a minha boca desapareceu. Não consigo responder.
Os meus olhos ficaram com o preto que prometeu plantá-los na sua horta.
Estou perdido sem os meus olhos.
Não consigo ter boca. Vou chegar atrasado a Roma.
A Terra era castanha, agora é azul escura.
O meu planeta era um planeta, um planeta. Daqui parece um lago, rodeado de ilhas que parecem estrelas, estrelas.
Sento-me, não sei para onde vou.
Esqueci-me.
Estou preocupado, quero que tu entendas.
Preciso que tu saibas.
Prova as minhas lágrimas, deves estar com sede.
Há um lugar em mim, cheio delas.
Nunca perdi uma.
Mas hoje entrego-te a chave da porta.
Para além dela, está esse lugar.
Dou-te tudo o que lá estiver.
É teu, são tuas, tuas.
Sou teu.
Desmonta-me, não preciso mais de mim.
Já não sou eu. Eu fiquei para trás.
O autocarro explodiu, tornou-se um sol.
Mas eu fiquei, não sabia disso.
Leva-me, desmonta-me.
Estes braços farão boas tentativas.
Toma estas duas mãos, aprenderão denovo as lições.
Os pés nunca se hão-de cansar.
Hão-de-se queixar, mas continuarão a andar.
Toma-me, eu não existo mais como dantes.
Não te importes, eu fico bem.
Tenho de fazer isto.
Eu sei que não posso voltar atrás.
Porfim, leva também esta cadeira.
Não me vou sentar mais nela.
Não tenho peso que sustentar.
Toma, adeus, adeus.

quarta-feira, abril 21, 2004




Qual o propósito deste blog,
qual a intenção do que aqui consta.

A intenção é a Adoração.
Ao Ser Humano maravilhoso que Somos.
De modo que possamos sentir o calor do nosso Coração significar que existe um Fogo afectuosamente quente dentro de nós

--- Talvez para quando tiveres frio, saibas que podes aquecer ---





sábado, abril 17, 2004




Deus abençoe a Mulher.
Que resgate o Homem da sua própria destruição e solidão.

Deusa abençoe o Homem.
Que ascenda a Mulher das suas sombras a uma deusa encarnada.

segunda-feira, abril 12, 2004

Seja qual for a tonalidade do sexo pela qual optaste tornar-te um ser humano nesta hora dourada, és a realização das tuas mais sinceras e intímas profecias.


~) ... Querido Desconhecido, Querida Desconhecida ...(~

Tens um dia de cada vez para te tornares o Rei ou a Rainha do teu prometido Reino.
Um Reino invisível e em simultâneo palpável com os sentidos da tua humanidade.
A invisibilidade é a tua própria protecção do exterior adequada a um tempo em ritmos de crescimento.
Porque algo de muito bom, precisa em segredo de preparar todas as montanhas, planícies, cidades, vilas e oceanos do teu mundo antes de se tornar vísivel.

Há uma grande surpresa em preparação...
Só para ti, com o teu nome.
E nem sequer duvides, se a mereces.
O teu merecimento é inquestionável, indiferente aos julgamentos que sentes representarem o contrário.
A abundância de oxigénio em teu redor, é em si já, uma oferenda dos deuses, que te desejam adorar e ver concretizada a cores&som a tua Profecia.

A polaridade com que às vezes te detestas e te fechas, abdicando de te sentires amado, sugere que o extremo oposto disponível na outra ponta é um amor profundo e celebrante de ti próprio.
Esta profundidade é da exclusividade do teu verdadeiro Ser, esta profundidade é o alheamento eficaz de toda a algazarra à superfície, é estar levitando entre o brilho perfumado, tranquilo e quente das estrelas.
... flutuando.... flutuando.... e fluindo.... permitindo ser-nos mostrado um outro ponto de vista sobre nós próprios.
Um ponto de vista radioactivo de Força capaz de resolver as complexidades intrincadas dentro de nós.

Claro... esta radioactividade é a tua Luz.
Esta Força, és tu.
Os deuses são teus irmãos.
A tua pequenez é a tua metáfora.
E a tua vida, um grande..., mui grande, mistério.

O espectro de sentimentos que percorrem os caminhos interiores até ao teu centro cardíaco, revelam progressivamente tanto a tua sombra como o teu brilho.
E ambas galerias são razões suficientes para conquistar a simpatia dos anjos e a tua estupefacção com tantas contradições.

Querido Ser, meu irmão e minha irmã.
Tu sabes que vai correr tudo bem.
Não fosses tu quem tu és.
Um Deus'Deusa criança no planeta Terra.

quinta-feira, abril 01, 2004



Inside I hold a contemplation of what the World is about, and I dress myself in the change of becoming it.

It tastes like blueberry dark chocolate when I kiss the night lips, and It tastes even more deeply flavoured each time.
Because,
I'm a rythmic learner propelling flame.
What I burn myself in -:- deeply transforms me.
I'll become stronger and ascend in colors shapping the beautifull sky.

The windows are open, so the invitation is closer than the stars and me, we're all melting (among the holyness of chocolate, perhaps..)
For where is Love tecnology, our wings no longer hold on to the misterys of vast distance.

Our Love was already, before it will always be.

Sentir plentropicamente o teu sabor, dentro da boca.
Nuns lábios capazes de te tocarem sem dares conta que estás sendo provada.

É o suficiente para descobrir os segredos que em breve darás conta que tens de resolver,
para teres consciência do quanto sabes bem.
E do quanto é bom estar contigo.

Perguntas importantes...

Há quanto tempo, realmente...
Há quanto tempo não paras para pensar profundamente sobre ti, com toda a dedicação e tolerância que este gesto solidário contigo implica?

Porque cedes às desculpas que te custam a inventar e que te custam ainda mais a viver.
Depois esqueceste..., após algum tempo passas a viver a desculpa por opção, mas segundo a tua ilusão como se fosse uma imposição consequente do ritmo alucinante de vida que conduzes.