quinta-feira, abril 22, 2004



Reconhecer o momento de aguardar,
Salvaguardando a originalidade da metamorfose.
Procurando não diminuir a intensidade com que somos intimidados pelo convite
de incorporar uma alquimia, de alcançar uma promessa de há muitas eras atrás.

De fazer uma pausa,
de honrar o momento em que nada acontece.
Reflectir.
Porque as coisas não são o que parecem,
quando te começas a parecer cada vez menos igual ao que eras.

Parar, compreendes?
Compreensão.
Eu sei que poucas pessoas conseguirão entender.
Não vale no entanto deixar que elas consigam sabotar a tua ascensão.
Para mim, não importa.
É verdade que embato contra a falta de compreensão que têm acerca de mim, mas sigo.
Acredito no que caminho.
Amo a Deus, à Deusa, ao meu Espírito e toda a comunidade de Amantes e Cosmonautas.
E a mim.

Tudo fará sentido, no seu momento.
Repito isto.
É uma rima doce dentro de mim.
Provo-a com os sentidos, sinto prazer.
E Fala comigo.

Estou tão só, como acompanhado.
Adquirindo a compreensão mágica capaz de me curar.
Assumo gradualmente a responsabilidade e ternura pela minha Vida até hoje.
Resgato as minhas assas do esquecimento.
A extensão dos meus passos não se compara à extensão da minha viagem.
A esta que fiz até hoje, a esta que farei até amanhã.
O meu Agora.

Estou sentado junto aos Portões.
Aguardando pela abertura, pela admissão.
Pelo novo começo.
Por fim começar a instrucção realmente superior.
Quietamente (pelo menos assim vibro essa intenção) em preparação.

Os Anjos meus irmãos.
Potencializam-me de todas as cores da vida.
Ampliando os meus dons e as minhas oportunidades.
Seguindo a minha intenção de regressar à Graça.

A minha Família, vinda de todos os cantos do Universo e para além dele.
Deposita as suas obras de arte no meu interior.
Deposita os seus sabores no alcance do meu paladar.
Deposita os sentimentos provenientes da música que oiço.
Aquando o meu coração se decora de tranquilidade e limpidez.

(Um sentimento simples lidando com a complexidade reconhecida, tem a sua elegância.)

O nosso Corpo, não separa o Céu da Terra.
Ele é uma poesia erótica, uma epopeia de revelações.
Ligado ao Espírito.
O céu no meu Corpo, em Nós.
Em Nós, meu Corpo.

Toma lá disto ignorância.
Mas digere-o calmamente.
Tens tempo...
Eu entendo que as coisas têm o seu ritmo para ti.
E que também tens as tuas Graças.
Como todas as manifestações da confusão humana.