Uma estrela que regressa procurando palavras até casa.
Vejo a Lua,
E vejo a Senhora.
Colocando Estrelas no grande Azul.
E a Lua num halo de loucura em Paz.
Encostada sobre a Tranquilidade lírica e mística.
Distribuindo um brilho suculento e húmido sobre a sensibilidade dos meus lábios.
Entretenimento de rascunhos acobreados e prateados.
Chispas douradas e fagulhas cor de rosa.
Pensamentos de creme e bocas de algodão.
Dedos tropicais e polpa de papaia.
A ponta da língua, a ponta da unha, o fim da pestana.
O meio do cotovelo.
Extremidades descobertas no azul escuro.
Doce de romã, pardais encarnados.
No pomar, onde caem pêssegos gelados com hortelã.
Sobre cálices de vinho quente e aromático..
Confundo framboesas e amoras, com realidade e sonhos.
Poesia floral ligada ao vento.
Carinho de brisa, aconchego de chá.
Saudade de terra e argila humedecida.
Chuva púrpura.
Sol de maracujá.
Regresso do esquecido novelo de lã.
Encontro a sós, tu e ela na janela para a árvore de pêras e figos gémeos.
Duravante, a morada do sossêgo
Açafrão e sésamo.
Diospiros maduros e mel.
***
Suspensos na suavidade dourada espessa como Azeite.
***
Vem, estamos à tua espera.
Ligados à sedução das palavras que deixamos para tu morderes.
Como anzóis indolores, que provocam explicações de coisas passadas,
antes incompreendidas, onde sofrias e gemias.
Vem, embalado nas correntes perfumadas de sentido que ligam as frases que tornas tuas,
que te fazem sorrir, que te demonstram a incomessurável importância que tens, que te seduzem,
que te chegam no momento certo e que te agitam a liquidez da alma.
Vem reclamar a tua revolução,
regressa à tua morada.
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