O fim de semana num dia, durante uma viajem, dentro de um carro, numa autoestrada.
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Estou a pensar na luz do fim de tarde.
Estou a pensar nos arco-íris.
Ambos...
Nunca estive no início e no fim de dois arco-íris como hoje. Verdade!
Tirei umas quantas fotografias. Espero que tenham ficado sobre o mesmo encanto dos meus olhos. Quantas ao certo não sei, talvez 8.
Que luz, na qualidade natural do que toca. Excelente para fotografar! Eu sei disso. Sente-se a compatibilidade da luz em proporcionar uma aparição de realidade incomum. E a minha hipótese de extender indefinidamente a premanência de uma memória visual desse momento. Como eu amo esse ritmo universal de sincronicidade e afinidade entre o mundo e a minha alma. Ele é o meu alimento, o combustível de metamorfoses e crescimento.
O final solístico da tarde de cor dourada reflectindo no horizonte sobre um brilhante cinzento bruto. No alto tocando os limites do céu de nuvens, dois arco-íris completos ascendendo e descendendo no vale ao meu redor. Passo a cem à hora debaixo de ambos. E olho-os em simultâneo: o princípio e o fim que se enraiza subtilmente na terra molhada.
Acompanha-nos alguns instantes, prelongando a grussura do espectro colorido das suas cores, como se tratasse de um túnel no “agora”, e depois desaparecem, porque concluímos a travessia do seu interior a cores. Entramos e saímos, e a magia da mesma subtileza que sustenta a sua leveza no ar, abençoou-nos.
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