sexta-feira, janeiro 30, 2004

Penso no amor com que os dias de conjuraram e na tendência cristal dos verbos que chegarás a falar.

Não tenho “nada” para vos escrever.
Não tenho “nada” para vos contar.
Uma vida não é, não é para a deixar com nadas.

Com coisas que consumem tempo e nada são,
Quando nos pedem para contar sobre elas.
E não há palavras, não há emoção.

Nada, estamos tão fartos de “nada”.
Estamos tão cansados de “nada”.
Saturados, tensos e irritados com os nadas que tomaram conta.

Nada, nada nada?
Nada de especial, nada de anormal.
Nada de mais, não vi nada.
Nada disso, não sei nada.
Não me lembro de "nada",
De
Nada nada,
Nada para nada...

Não tenho nada de nada,
Não “nada” para vos escrever,
Não tenho.
Não tenho “nada” para vos contar.

Não falo de nem sobre nadas.
Não escrevo sobre nadas.
Não conto.
Não escrevo.
Nada mesmo?
Não, já te disse que não.
Não tenho “nada” mesmo.


Não...