Recordo-me
Vem, estamos à tua espera.
Ligados à sedução das palavras que deixamos para tu morderes.
Como anzóis indolores, que provocam explicações de coisas passadas,
antes incompreendidas, onde sofrias e gemias.
Vem, embalado nas correntes perfumadas de sentido que ligam as frases que tornas tuas,
que te fazem sorrir, que te demonstram a incomessurável importância que tens, que te seduzem,
que te chegam no momento certo e que te agitam a liquidez da alma.
Vem reclamar a tua revolução,
regressa à tua morada.
Não estarias acreditando, se no tempo que te separa de todos os amanhãs, não existisse já concretizada a substância que magnetiza a ubiquidade da tua esperança.
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